domingo, 3 de agosto de 2008

O que há

Há dias que em dias não comento
Atenta ao tormento
Que não quero viver

Há dias em que durmo pra esquecer

Há tempos em que o mais simples momento
Num instante de tortura
Faz meu corpo estremecer

Há tempos que desejo emudecer

Há sonhos que do sono fazem pranto
Que me tiram o pouco encanto
Do que pode ser sonhar

Há sonhos que não quero realizar

Há cantos que em sua melodia
Traduzem toda agonia
Que me pode machucar

Há cantos que não gosto de cantar

Há dores que de dores lancinantes
Fazem de poucos instantes
Eternidades pra chorar

Há dores que me podem estraçalhar

Manhãs em que acordo por acaso
E ando com tanto descaso
Que tento entender por que andar

Há dias em que não quero acordar

Um ar que fere o corpo em cada entrada
E minha boca machucada
Que pergunta por que respirar

Há dias que não quero nem pensar

Há dias em que choro tanto pranto
Que perco tantas lágrimas
Que pergunto por que continuar?

Há dias que já não quero chorar

Há dias que de olhar pra minha vida
Sinto e vejo tanta ferida
Que pergunto a Deus por que preciso ser

Há dias que simplesmente não quero viver

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