domingo, 9 de dezembro de 2007

Amarga Vodka - A ti... Meu Poeta II

Um momento.
Uma dose a mais
E o poeta se vai
E a poesia se desfaz

Palavras vazias
Tudo o que ostentaste
Entre goles e versos tentaste
Ser mais do que nunca sonhaste

Vi pelo álcool
Quem és realmente
E vi que mil versos
Escrevi-te inutilmente

Vi que se perdeu
Em teu ser e corpo embriagados
Uma sorte de versos tão belos
Que a outro eram dedicados

Em ti deixei perderem-se
Minha poesia e meu ser
Pra só pelo álcool enxergar
Que não era teu meu dizer

Hoje, quão tarde
Vejo o verdadeiro encanto
E a ti, lobo ébrio,
Deixo apenas meu último canto

De amores eu me perdi
E no verdadeiro amor me encontrei
Sem recíproca me vi
E contigo me embriaguei

Agora já sóbria em mente
Mesmo de corpo embriagado
Escrevo-te estes últimos versos
De um coração apaixonado

A meu Rei que aqui se reconhece
Deixo corpo alma e coração
E a ti, poeta perdido,
Dou-te nada mais que uma oração

Peço aos Deuses em que acredito
Que te iluminem e te venham guiar
Pra que de uma garrafa com álcool
Nunca mais venhas te aproximar

Que te perca a alma e o corpo, nobre poeta,
Mas não te perca o coração
Que não te embriagues novamente
Pra que tua poesia não volte ao chão

Foste lorde, foste lobo,
Foste poeta e simples pagão
E hoje foste bêbado
Que me feriu o coração

Vai-te embora, poeta vil,
Com tua poesia linda e teus versos tristes
Deixas tua marca doce
E também as lembranças infelizes

Saibas que levas contigo
Minha amizade sincera
Mas minh’alma encontrou seu lugar
E não mais te segue ou espera

Vai-te tranqüilo, lobo poeta,
Vai-te certo de tua felicidade
Que a minha alma hoje é feliz
Em ter-te visto de verdade

Espero-te ainda em visita
A esta amiga que deixas pra trás
Mas saiba que hoje apenas amiga
Mulher que te ama, nunca mais...


Tudo se diz na poesia... ainda permanece a primeira e os votos que te fiz... Mas meu amor encontrou seu verdadeiro dono ^^ E não era você. Nunca foi... Apenas a vida me fez entender que o amor verdadeiro toma seu rumo quer a gente queira quer não. E que a rosa, hoje, pode desfazer-se em pétalas ou continuar viva e com viço, pq já não me importa o destino da rosa... A rosa mostrou-me que cuida-se só e mostrou-me mais... Mostrou-me que cuido-me mais que a rosa... Que cuido por vezes da própria rosa que tanto mostrou se cuidar...
Os mesmos desejos.
Ainda o amor.
Mas não o mesmo amor. Agora... o amor apenas.
Vá com os Deuses... Sempre com os Deuses, minha rosa... Sempre com os Deuses...

sábado, 8 de dezembro de 2007

Ao amigo de muitos nomes... Ou o simples "Preto"

És cruel...
Encantas a todos com tua magia
Trazes ao mundo toda tua harmonia
Depois vai-te embora deixando pra trás
Tuas marcas profundas q não nos deixam jamais

Vieste do nada parar em minha vida
Trouxeste contigo tua mente sabida
Deixaste envolver-me em tua sabedoria
Sem imaginar q um dia, iria...

Em muito marcaste minh'alma
Por vezes tiraste-me a calma
Qntas lembranças eu guardo
De tão talentoso bardo!

De ti me resta em consolo e alegria
Tua marca mais profunda: tua doce poesia
E a promessa de q voltas aos amigos em visita
Pra com teus sorrisos e travessuras amenisar-nos a dor da vida

Desejo-te em tua ida os mais fortes votos de sucesso!
Q se realizem teus planos é meu desejo expresso
Q eu possa ver-te em pleno amor e total alegria
E q o destino nos reserve outro encontro... Um dia


Não te desejo tda sorte do mundo, meu caro Preto, pq sorte é para os incompetentes...
E competência para fazer acontecer é coisa q vc tem de sobra!
Agradeço por tudo o que me ajudaste!
Ve se ñ esquece dos amigos!
Apareça sempre que quiseres, pois és bem vindo onde quer que vás e quando quer que venhas ^^
Um abraço e beijo de carinho sincero ao amigo poeta!!
Bahibak, meu caro!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Não

Não te digo que não digo que te amo
Não te digo que não digo que não amo
Só te digo que não digo que não quero
Nem que digo que não digo que te espero.

Não te conto que não conto mais vantagens
No que falam que não vou te conquistar
Só te conto que não conto mais mentiras
É verdade quando declaro te amar

Não te falam que não tomo mais tenência?
Que não tenho jeito nem de melhorar?
Não confesso nem nego meus erros grotescos
Mas não digo que é meu erro te amar

Não te digo que não dizem que não amo
Nem te nego que muito ainda irão falar
Mas se "Não" for tua resposta a meu encanto
Não te nego: não vou mais me apaixonar

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Da Lua e do Lobo

Ao longe o Pai-Sol despedia-se
Entregando à Mãe-Lua toda Terra
E lá estava o Lobo a contemplar o espetáculo da vida
Como sempre, sentado, sozinho

Perdia-se em seu canto, seu lamento
Como todas as noites cantava
E a Mãe-Lua, apaixonada por seu canto
Nascia triste ao som dos uivos, de seu pranto

Aquele lobo chorava solidão
E tristemente lamentava sua sorte
E toda noite fazia chorar as estrelas
Já nada tinha além da espera pela morte.

Penalizada, a Mãe-Lua revoltou-se
E com Pai-Sol no amanhecer foi conversar
Mostrou o lobo, tão cansado, adormecido
Contou-lhe o quanto se cansara de cantar

Contou-lhe as lágrimas que derramavam as estrelas
Contou-lhe o pranto que se fazia ecoar
Cantou-lhe os uivos do pobre lobo solitário
Pediu ao Sol que se prestasse a escutar

Naquela tarde o por-do-sol se deu mais lento
E Sol e Lua quase vêm a se encontrar
Por que Pai-Sol perdeu a hora de ir embora
Parou no céu para ouvir o lobo a lamentar

Tocados todos pelo uivo de tal lobo
Tentaram todos sua vida melhorar
Pai-Sol deu seu melhor no show seguinte
Mãe-Lua fez-se cheia pra brilhar

Mas lá estava o lobo lamentando
Triste, sozinho e sempre a uivar
E pouco a pouco a esperança se acabando
De que um dia fosse alegre seu cantar

No fim da noite o lobo triste adormeceu
Mãe-Lua encontrou-se com Pai-Sol mais uma vez
"Daremos tudo que esse lobo mereceu
Por encantar-nos com seu canto como fez"

"Mas se esse lobo tiver fim pra seu lamento
Nunca mais se ouvirá o seu cantar
É preciso que ele cante para sempre
Pra que tenhamos sempre um porquê para brilhar"

Naquela noite Mãe-Lua fez-se menina
E com seu lobo veio ela se encontrar
Naquela noite o lobo não cantou sozinho
Naquela noite foi feliz o seu cantar

E desde então o Lobo canta para a Lua
E como sempre a Lua vêm para escutar
E quando a noite é noite sem lua no céu
É por que Lua e Lobo estão a se encontrar


A um Lobo, grande amigo de belo canto e uma amiga, Deusa Lua, de doce encanto ^^

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Acordo!

Termina o sonho
E acordo
E acordar já não me dói mais

Termina o sonho
E acordo
E acordada posso ver mais

O sonho é doce lembrança
É canto de pássaro
Que não ouço mais

O sonho é doce passado
E lembrar-me dele
Já não satisfaz

Os passos agora seguros
Saber onde piso
Me faz querer mais

Nos passos agora seguros
Encontro caminhos
Pra outros finais

Um fim pra este sonho tão triste
Agora que existe
Já não me dói mais

O fim deste sonho tão triste
É belo convite
Pra que eu sonhe mais!!!


Um fim é o esconderijo perfeito para um novo começo!