terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Desabafo (14/12/2010)


Já faz algum tempo que eu tento imaginar como é a sensação de poder lidar com todos os problemas que a vida me dá para resolver...

Já faz alguns anos que eu tento entender qual é a sensação de ter algum poder para mudar de lugar todas as pedras que a vida me deu para carregar...

Já faz algumas horas que eu tento parar de continuamente rodar e rodar em torno de planos de como continuar sem ter ao meu lado quem eu quero ter...

Já faz muitos anos que eu tento saber qual é o fim que vai suceder esse ciclo incessante de recomeçar que a vida insiste em por no meu caminhar...

Já faz muito tempo... Faz tempo demais, que eu tento entender como é que se faz pra dizer pra essa vida que eu não quero mais trilhar os caminhos que ela escolher.

Já faz muito tempo... Faz tempo demais, que a vida me trata qual erro incapaz, me impõe desafios que a ninguém jamais e me culpa por não conseguir completar...

Já faz muito tempo... Faz tempo demais. Faz muitas palavras... Faz sonhos atrás... Faz muitas milhares de formas de dizer pra vida que tudo o que eu quero é morrer.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Por que você?


Por que nenhum outro olhar tem brilho como o seu
Nenhuma outra palavra tem o poder da sua
Nenhum outro carinho tem o aconchego dos seus
Nenhum outro amor tem o calor do seu.
Por que nenhum outro ser humano é você
Por que não há outra voz como a sua
Por que nenhuma outra boca tem o seu sabor
Nenhum outro abraço tem o teu calor.
Por que nenhuma outra pessoa tem o seu jeito
Nenhum outro homem tem o seu ardor
Nenhuma outra obra tem a sua perfeição
Nenhum outro corpo tem o seu coração
Por que eu te amo como nunca antes
Por que talvez eu nunca mais vá amar assim
Por que eu te quero como o ar que eu respiro
Por que você é o que faltava em mim
Por que você é minha metade
Por que ninguém mais sabe me completar
Ninguém mais sabe tudo o que eu gosto
Ou me ama como você sabe me amar
Por que você sabe os meus gostos e desgostos
Por que você me conhece pelo avesso
Por que você me aceita como eu sou
Com qualidades, desvantagens e defeitos
Por que você abriu as portas da minha vida
Por que você derrubou todos os meus muros
Você me conquistou como um castelo
E se assentou como soberano da minha alma
Por que eu quero, simplesmente por que quero
Por que você me fez querer ser toda sua
Por que eu ainda sei viver sem você
Mas sem você a minha vida fica nua
Agora sabe todos os porquês que tenho
Mas não me importo com nenhum destes porquês.
Quero-te simplesmente porque tu existes
Amo-te simplesmente por que Deus te fez.


À obra de arte mais perfeita que Deus já teve a chance de colocar na Terra. Yuri, eu te amo... Vou te amar sempre.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Limite

Abrem as feridas...
Verte o sangue, rubro e quente.
Já cansado corpo exangue, só espera pelo abraço frio.
Pelo descanso tão reclamado

A voz, agora calada, apenas aguarda pelo momento de esmaecer.
Tantas palavras perdidas no vento
Tantas poesias lançadas ao fogo
Agora é apenas silêncio que rege o momento do fim.

O coração pulsa mais lento
A boca expira o ar que os pulmões recusam aos poucos
A vida já não faz sentido. Quando fez?
Os restos repousam num lençol vermelho.

Dormem os olhos, entorpece a dor.
Pouco a pouco já não resta luz.
O escuro toma conta do que sempre teve por direito
Agora nada mais há de importar

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Daemon

"It’s show time"
Sobe ao palco
Chapéu mais baixo
Olhos na multidão
Sapatos lustrados
Sorriso no rosto
Cigarro nos dedos
Malícia e paixão
Luxúria nas veias
Perfume na pele
Sensualidade
Imaginação
Passos marcados
Ou improvisados
No show dedicado
É inspiração
Magia nos toques
Na voz envolvente
No riso sincero
De coração
O tom de mistério
Carisma evidente
É graça, loucura.
É sedução
Finda a música
Abre-se o sorriso
Piscam-se os olhos
Ali não está mais
Ficam as marcas
Deixa lembranças
Saudade e vontade
Do show que ele faz
Some na noite
Brinca com a vida
Qual linda ilusão
Que o sol desfaz
Volta com as sombras
No findar do dia
Pra deixar sempre essa sensação de quero mais...


Mas poucos conhecem
Por trás desta máscara
Os velhos conceitos que a tristeza trás
Poucos entendem
No brilho dos olhos
O caminho torto que o teu rastro faz
Os fogos escondem
no escuro da noite
o brilho vermelho da sua razão
Perdida no tempo
Tragada nos passos
de uma loucura sem direção
As ilusões que mostras
no teatro que encenas
São sombras daquilo que querias ser
Desejo que um dia
A vida se torne
Aquilo que realmente queres viver

Seja feliz, Daemon meu caro. Seja muito feliz.
E que o mundo leve teus passos pra bons lugares. Ótimos lugares...

Longe de mim.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Pensamentos avulsos

Meus pés caminham entre os detritos dessa juventude deturpada, procurando um só pedaço de chão que não esteja coberto de podridão e desventuras.
Evito tocar as paredes: quase sempre estão cobertas por coisas demais pra um sistema imunológico dar conta sozinho.
Pelos cantos, os restos do que já foram seres humanos agonizam em risadas histéricas sem nenhum humor. Paranóias... Vícios de um lugar de onde as virtudes fugiram a léguas.
Tenho nojo dos lugares onde piso. De cada um deles. Fugiria daqui se não fosse, ironicamente, parte dessa raça suja que chamamos de humanidade - apenas por vias de apelido, já que a essência do que era humano perdeu-se incontáveis intervalos de tempo atrás.
Intervalos...
É uma dádiva que possamos contar ainda com intervalos de tempo, já que as medidas foram há muito reduzidas ao mero "não tenho tempo" e de tanto querer tempo, gastamos todo nosso tempo tentando produzir o tempo que não temos.
E nunca teremos.
Eu vejo o tempo passar, se arrastando entre as vielas, becos, buracos... Escorrendo pelos menores vãos entre os dedos dos que tentam desesperadamente segurá-lo entre todos os tipos de procedimentos dos mais absurdos...
Pra fingir que ainda têm algum tempo.
Mas é fato que este mundo de valas negras, línguas pútridas e deturpações está em dias contados.
A água, sangue da terra, já se converte no ácido que destrói os solos, corrompendo por si mesmo o organismo vivo que matamos aos poucos numa doentia corrida por mais e mais do ter...
Cobramos mais pela consciência... Preservar é um crime cuja punição é um pouco mais dos poucos centavos que ainda conseguimos guardar para nós mesmos.
Em cada lugar a felicidade é vendida em latas, comprimidos, garrafas ou cilíndros de tabaco misturado a todo tipo de solventes e produtos químicos que o tornem mais barato pra criar e mais caro pra vender.
Felicidade fake em gotas, encontradas em qualquer bar de esquina que tenha uma ou duas doses a mais...
Sentimentos são coisas sutilmente hackeadas pela mídia... A superfícialidade de uma bela capa compensa a falta violenta de conteúdo que agride aos ouvidos de quem mantém os olhos abertos durante um beijo pra ter certeza de que ainda está beijando uma casca bonita.
Houve um massacre da inteligência em detrimento de uma histeria coletiva por beleza, riqueza e outros tantos -eza que nos tornariam tão melhores.. Tão mais...
E que no fundo só nos fazem essa raça imunda cujo fedor alcança as alturas em tubos de núvens negras, cobrindo o sol, destruindo o ozônio... Escondendo a luz do dia e transformando a chuva em sutis gotas de morte vindas do céu.
Essa raça doente, débil e parasita que funciona como um câncer consumindo o planeta... Um tumor...
Um aglomerado de vírus que se dizem mamíferos e se auto proclamam senhores de lugar nenhum, achando que são grandiosos só por serem capazes de converter tudo o que vêem em um progresso de obssolescência programada que se transforma em lixo em ciclos de tempo cada vez mais curtos.
Caminhamos para a morte desde o momento em que nascemos e a cada passo aceleramos mais e mais nosso processo, encurtando a estrada pra extinção e carregando tudo o que nos cerca conosco rumo ao buraco negro da destruição que nosso próprio egoísmo prossegue criando.
Eu passo em meio a toda essa escuridão, reconhecendo as minhas origens e rezando pra um Deus que não existe na esperança que alguém escute minhas preces...

Na esperança que alguém me livre de mim.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

16/07/2010 - Pensamentos Soltos

“As pessoas estão cegas
E isso tem que acabar

As pessoas estão cegas
Não por que não podem ver,
Mas por que não querem

As pessoas estão vazias
Não por que não possuem dentro de seus corpos suas entranhas
As pessoas estão vazias por que a única chama que arde em seus corações é o desejo vil

As pessoas estão frias
Não por que em vossos corpos não corre mais o sangue da criação
As pessoas estão frias por que se congelaram no próprio ego

As pessoas estão mortas
Não por que não caminham sobre a terra
Mas por que dentro delas não há mais amor.”

Autor Desconhecido

Este texto não me pertence. Mas decidi postá-lo aqui por que segue a linha do que penso.
Pra quem acredita, foi ditado por alguém que não deu seu nome, soprado aos ouvidos do meu anjo pessoal. Eu só fiz transcrever o que o meu anjo me relatou ouvir.
Nem eu nem meu anjo sabemos se este texto está completo, mas se a intenção de seu autor ao nos passar essa mensagem era divulgá-la, eu espero estar fazendo a minha parte.
O título foi colocado pelo meu anjo, mas o texto veio sem título e sem autor.
E fixo a data para que saiba-se quando chegou à nós.
Que a mensagem se propague se assim foi a intenção do nosso poeta anônimo.

sábado, 24 de abril de 2010

Menina

A menina de olhos expressivos...
De jóias que não fazem juz sua beleza.
De sorrisos cobiçados e carinhos escondidos por trás do mistério de tanta certeza.

A menina de quem o sol inveja o brilho
De sonhos no fim de árduos caminhos.
A menina que não mede esforços ou forças pra conquistar mais do que sedas e linhos.

A menina das fotos no espelho
Da imagem que tudo revela
A menina que fala o que pensa, não importa o que falem ou pensem dela.

A menina de beijos e abraços
De tapas, verdades, de dor e paixão
A menina de folhas abertas, de boca que expressa a carga de seu coração.

A menina de sorrisos certos
De força para o que der e vier
A menina que no tempo certo o tempo soube e sabe tornar mulher

É menina que no tempo certo vai ter o seu tempo de ser e de ter o que quer

É menina que não importa o tempo, não importam os ventos, sempre é o que é


Nas tuas bolas coloridas, nos teus pirulitos de cereja, nos teus passos distraídos com fones de ouvidos, protegida pelo acaso...
Eu te desejo, mulher, tudo o que a menina merece... E te desejo menina, toda a mulher que vc é.