quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Limite

Abrem as feridas...
Verte o sangue, rubro e quente.
Já cansado corpo exangue, só espera pelo abraço frio.
Pelo descanso tão reclamado

A voz, agora calada, apenas aguarda pelo momento de esmaecer.
Tantas palavras perdidas no vento
Tantas poesias lançadas ao fogo
Agora é apenas silêncio que rege o momento do fim.

O coração pulsa mais lento
A boca expira o ar que os pulmões recusam aos poucos
A vida já não faz sentido. Quando fez?
Os restos repousam num lençol vermelho.

Dormem os olhos, entorpece a dor.
Pouco a pouco já não resta luz.
O escuro toma conta do que sempre teve por direito
Agora nada mais há de importar

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