terça-feira, 11 de agosto de 2009

Depois dela... Despojos à lua

Estive olhando o céu da noite...
E no céu, à noite, que magia que há?
Há o brilho das belas estrelas?
Há a luz de um lindo luar?

Estive olhando o céu da noite
Procurando o que a noite vem me oferecer...
A beleza dos astros no negro?
O infinito pra se conhecer?

E que infinito pode ser mais profundo
Que o fundo mais fundo dentro da tua alma?
E que brilho pode ser mais bonito
Que o brilho em teus olhos, que me ofusca e acalma?

Estive olhando a lua tão branca
Perdida na imensa e serena escuridão
Procurando na lua essa essência que enche o poeta de tanta paixão...

E procurando em lua serena
A essência de tanto viver
Perguntei à lua tão plena
"Que tu tens a me dizer?"

Disse a Lua: "Tu, menina
Com teus olhos de ilusão
Poetisa a tua sina é mergulhar na escuridão"

"É encontrar em mim o guia
Que te trás o que cantar"
E sobre as palavras da Lua não pude menos que gargalhar

"Tu que és Lua plena e cheia
És tão cega em teu reinar
Ante o olhar que me clareia
Quem tu és pra me guiar?

"Briho pleno? Paz serena?
Guia ao meu caminhar?
Sinto muito lua plena, em mim já tomaram teu lugar!

"Dominam-me verdes cujo brilho intenso
Nem mesmo teum consorte ousa desafiar
Guiam-me verdes tão soberanos
Que tua audácia de Musa não pode alcançar.

"Rege-me branca a pele alva de moça
E perfume doce vem me embriagar
Teu brilho fosco me parece poça ante o oceano de amores que me chama a mergulhar...

"Deixo-te Lua aos poetas sem musa
Que buscam em ti toda inspiração
Em mim tu já não goza ou abusa dos cantos e encantos do meu coração

"Os teus passos não mais sigo
Não mais enveredo em teus caminhos de paixão
Os meus passos têm dona e comando seguindo com a musa do meu coração!".


Pra musa que me inspira todos os dias

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