sábado, 15 de setembro de 2007

Fim

Não mais
Não mais a dor de outrora
Não mais o sangue a escorrer-me pelo corpo inerte e lavado de minhas próprias lágrimas

Não mais a insípida sensação de perda
Não mais o gosto amargo da derrota
Não mais a tua presença constante a atormentar-me os sonhos juvenis

Não mais a tua voz a cortar-me os ouvidos
Não mais tuas palavras mentirosas
Não mais tuas declarações sem verdade entranhando-se em minha alma ou em meu coração

Não mais teus olhares ferinos
Não mais teu linguajar mesquinho
Não mais teus constantes ataques ao que hoje sou ou um dia fui

Apenas a paz da tua ausência
Apenas a paz me inunda
Apenas a paz prevalece enquanto tua vida se esvai entre meus dedos

Apenas a paz se mostra agora
Enquanto teu sangue me lava as mãos estendidas
Sobre teu pútrido corpo inerte

Nenhum comentário: