Não mais
Não mais a dor de outrora
Não mais o sangue a escorrer-me pelo corpo inerte e lavado de minhas próprias lágrimas
Não mais a insípida sensação de perda
Não mais o gosto amargo da derrota
Não mais a tua presença constante a atormentar-me os sonhos juvenis
Não mais a tua voz a cortar-me os ouvidos
Não mais tuas palavras mentirosas
Não mais tuas declarações sem verdade entranhando-se em minha alma ou em meu coração
Não mais teus olhares ferinos
Não mais teu linguajar mesquinho
Não mais teus constantes ataques ao que hoje sou ou um dia fui
Apenas a paz da tua ausência
Apenas a paz me inunda
Apenas a paz prevalece enquanto tua vida se esvai entre meus dedos
Apenas a paz se mostra agora
Enquanto teu sangue me lava as mãos estendidas
Sobre teu pútrido corpo inerte
Nenhum comentário:
Postar um comentário