sábado, 15 de setembro de 2007

Paralisia

Estagnado...
Pairas sobre lembranças passadas como se não corresse o tempo
Como se para ti, nada passasse
Como se nunca tivesse acabado...

Deixas para trás tua própria existência
Esquece-te do presente
A lamentar-te o que há muito perdeste por tua própria ignorância

Ficas aí, parado
A culpar e caçar culpados
A ferir por feridas tuas que há muito já teriam cicatrizado
Não fosse claro tua mão ligeira a abri-las com a navalha de teus pensamentos

Foges da verdade
Ignoras a realidade
Simplesmente por que não te satisfaz a idéia de não ter mais o que queres
Não aceitas, fechas as mãos para conter o que há muito já escorreu por entre teus dedos fracos

Brigas contra a vida quando a vida há muito te deixou brigar sozinho
Bates no vento
Feres a sorte que, não fosse tua amargura, já poderia ter-lhe batido à porta...

Tola criança da luz
Tolo é o que tu és
Tolo...
Pura e simplesmente um tolo que há muito deixou a vida
Não para entrar para a eternidade
Mas para alimentar-se de ódios contidos
Apoiar-se em tuas frases feitas
E viver de história...



Para ver se enfim me entendes e deixa partir de vez esta alma de amor acabado. Para ver se lendo minhas linhas, entranham-se em teu coração minhas palavras e motivam-te a finalmente abandonar-me por completo e seguir tua vida para onde quer que ela te leve, com a certeza de que ela jamais te levará novamente até mim.

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