sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Rosa Ambígua

Teu jeito ao mesmo tempo me encanta e me fere...
Como uma rosa...
A beleza e o perfume que inebriam a mente e o coração
Com espinhos a torturar o corpo

Não desisto de ver-te como uma rosa,
Tua beleza estonteante a enlaçar meus olhos
Teu perfume inebriante enfeitiçando-me os pensamentos
Como se teu rosto, egoísta, os quisesse a todos para si.

És perfeito como a rosa
O doce acetinado de tua voz melodiosa
A acarinhar-me os ouvidos e a mente
Tal como as pétalas da rosa em minhas mãos

Sedutor... Qual o carmim da rosa
Povoando-me os sonhos voluptuosos
Tingindo-os com o vermelho da rosa
Para que por todo o dia eu possa lembrá-los

És perigoso qual o caminho até a rosa
Na mesma voz que traz melodia
Viajam espinhos de ponta aguda
E que grande tormento me causam ao atingir-me

És triste qual o fim da rosa
Cada vez que te vejo partir
Vejo murchar a rosa em mim
Pela falta do amor de ti

Trazes em ti o equilíbrio da rosa
Do prazer da tua companhia adorável
À dor da tua indiferença certeira

Entre as dores e os prazeres que me causas, rosa minha
Não hei de desistir de tuas belas pétalas
Mesmo que me firam teus espinhos...



Ainda que venha a murchar e secar pétala por pétala a rosa que tanto busco, ainda que murcha e seca esteja sua beleza, ainda assim ela valerá o dissabor de cada espínho e cada gota de meu sangue que ficar pelo caminho.

Um comentário:

Lupos, Canis disse...

fatidico e real é o murcha de toda e qualquer rosa... cuidado com a vislumbração do efemero....ele pode ser efemero demais para não dar o tempo da palavra!