sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Tempestade Pessoal

Sinto no frio do vento,
A se espalharem pelas folhas,
As gotas da chuva por vir

Molham-me a face tristonha
Misturam-se às lágrimas
Que me cobrem o rosto a chorar

Vejo o clarão dos relâmpagos
E ouço voar pelo céu
O som dos trovões

Som como gritos das nuvens

Juntando-se ao meu grito
Em um coro de tristeza e rancor

Vejo romperem-se os céus
A derramar sobre a terra
Uma chuva torrente de dor

Chuva que lava do solo
As impurezas do homem
Como quem limpa feridas

Chuva que como meu pranto
Lamenta a tristeza do mundo
Ante a devastação que o consome

Chora a natureza em chuva
Choro eu em lágrimas
Pelo mesmo maldito bicho homem.

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